sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Alerta para a automutilação entre os adolescentes

O que é auto-lesão?

Auto-lesão, também chamada de auto-mutilação ou auto-mutilação, é definida como qualquer lesão intencional ao próprio corpo. Normalmente, a autolesão deixa marcas ou causa danos aos tecidos. A automutilação pode envolver qualquer um dos seguintes comportamentos:
  . Corte
  . Queima (ou "marca" com objetos quentes)
  . Picking na pele ou reabertura de feridas
  . Cabelo -pulling ( tricotilomania )
  . Bate cabeça
  . Bater (com martelo ou outro objeto)
  . Quebra de ossos

A maioria dos que se envolvem em lesões pessoais agem sozinhos e não em grupos. Eles também tentam esconder seu comportamento.

Quem tem maior probabilidade de se envolver em lesões pessoais?

A automutilação pode ocorrer em ambos os sexos e em qualquer raça de pessoas. O comportamento não é limitado pela educação, idade, orientação sexual , status socioeconômico ou religião. No entanto, existem alguns fatores comuns entre as pessoas que se envolvem em automutilação. A automutilação ocorre com mais frequência entre:
  . Pessoas que têm histórico de abuso físico, emocional ou sexual
  . Pessoas que têm problemas coexistentes de abuso de substâncias , transtorno obsessivo-compulsivo ou distúrbios alimentares
  . Indivíduos que muitas vezes foram criados em famílias que desencorajavam a expressão de raiva
  . Indivíduos sem habilidades para expressar suas emoções e sem uma boa rede de apoio social

O que faz com que as pessoas se machuquem?

A automutilação geralmente ocorre quando as pessoas enfrentam sentimentos que parecem avassaladores ou angustiantes. Os feridos podem sentir que o ferimento é uma maneira de:
  . Aliviar temporariamente sentimentos intensos, pressão ou ansiedade
  . Ser real, estar vivo ou sentir algo
  . Ser capaz de sentir dor por fora em vez de por dentro
  . Controlando e gerenciando a dor - diferentemente da dor causada por abuso físico ou sexual
  . Fornecer uma maneira de quebrar a dormência emocional (a auto-anestesia que permite que alguém corte sem sentir dor)
  . Pedir ajuda indiretamente ou chamar a atenção para a necessidade de ajuda
  . Tentativa de afetar os outros, manipulando-os, tentando fazê-los se importar, tentando fazê-los sentir-se culpados ou tentando fazê-los ir embora
  . A automutilação também pode ser um reflexo do auto-ódio de uma pessoa. Alguns autolesores estão se punindo por terem sentimentos fortes que geralmente não eram autorizados a expressar quando crianças. Eles também podem estar se punindo por serem, de alguma forma, ruins e não merecedores. Esses sentimentos são uma conseqüência do abuso e uma crença de que o abuso foi merecido.

Embora exista a possibilidade de que uma lesão autoinfligida possa resultar em danos com risco de vida, a autoin lesão não é considerada comportamento suicida .

Quais são os tipos de lesão pessoal?

Os tipos mais comuns de autolesão incluem:
  . Cortes e queimaduras frequentes que não podem ser explicados
  . Auto-perfurando ou arranhando
  . Degola da agulha
  . Bate cabeça
  . Prensagem ocular
  . Mordedura de dedo ou braço
  . Puxando o cabelo
  . Escolhendo a pele
Sinais de alerta de auto-lesão

Os sinais de que um indivíduo pode estar envolvido em lesão pessoal incluem:
  . Vestindo calças e mangas compridas em climas quentes
  . Cicatrizes (de cortar e queimar, etc.) no corpo
  . Aparência de isqueiros, aparelhos de barbear ou objetos afiados que não se esperaria dos pertences de uma pessoa
  . Baixa autoestima
  . Dificuldade em lidar com sentimentos
  . Problemas de relacionamento
  . Mau funcionamento no trabalho, na escola ou em casa
Como é diagnosticada a lesão pessoal?

Se um indivíduo mostrar sinais de lesão pessoal, um profissional de saúde mental com experiência em lesão pessoal deve ser consultado. O profissional de saúde mental poderá fazer uma avaliação e recomendar um curso de tratamento. A automutilação pode ser um sintoma de doença psiquiátrica, incluindo:
  . Distúrbios de personalidade (particularmente distúrbio de personalidade limítrofe )
  . Transtorno bipolar
  . Depressão maior
  . Transtornos de ansiedade (particularmente transtorno obsessivo-compulsivo)
  . Esquizofrenia

Como é tratada a automutilação?

Os tratamentos comuns para lesões pessoais incluem:
  . A psicoterapia pode ser usada para ajudar uma pessoa a parar de se machucar.
  . A terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ser usada para ajudar um indivíduo a aprender a reconhecer e lidar com sentimentos desencadeantes de maneiras mais saudáveis.
  . A Terapia Comportamental Dialética (DBT) pode ser usada para ensinar as habilidades individuais de tolerar sofrimento emocional e lidar com experiências interpessoais ou outras experiências estressantes.
  . As terapias de estresse pós-traumático podem ser úteis para auto-feridos que têm histórico de abuso ou incesto.
  . A terapia de grupo permite que os indivíduos falem sobre sua condição com outras pessoas que têm problemas semelhantes. Isso pode ser útil para diminuir a vergonha associada à automutilação e apoiar a expressão saudável das emoções.
  . A terapia familiar ajuda o indivíduo a lidar com  qualquer histórico de estresse familiar relacionado ao comportamento e pode ajudar os membros da família a aprender a se comunicar de maneira mais direta e aberta.
  . A hipnose e outras técnicas de relaxamento podem  ser úteis para reduzir o estresse e a tensão que muitas vezes precedem os incidentes de autolesão.
Medicamentos como antidepressivos , antipsicóticos de baixa dose, estabilizadores de humor ou medicamentos anti- ansiedade podem ser usados ​​para reduzir a resposta impulsiva inicial ao estresse.

Qual é a perspectiva para as pessoas que se envolvem em lesões pessoais?

O prognóstico da lesão pessoal varia dependendo do estado emocional ou psicológico de uma pessoa ou de outros diagnósticos. É importante determinar os fatores que conduzem os comportamentos de autolesão de um indivíduo. Também é importante identificar se a automutilação é um sintoma de um distúrbio de personalidade específico que precisa ser tratado.

Fonte: Webmd
Traduzido por André Moura